quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Ovelha não é pra mato


Meu Pai costuma dizer isso quando alguém faz algo, q não tem nada a ver com essa pessoa, tipo, mulher querer explicar o que é impedimento. Sim, é um clichê dos mais saturados, mas, é muito difícil (falei difícil, não impossível) alguma mulher que realmente entenda de futebol mesmo.

No meu caso, o “Ovelha não é pra mato” se aplica a fazer compras.
Essa “não habilidade” do cidadão aqui ficou evidente há alguns dias atrás.
Recebi essa incumbência do meu velho e, a tal missão consistia em comprar o seguinte: Batatas, Pêssegos, Farinha e Ovos.
Meio a contragosto, fui fazer as tais compras.

Cheguei ao mercado e fui logo em busca das batatas. Encontrei-as, e a partir daí, a coisa começou a complicar. Não lembrava quantas batatas eu deveria comprar e nem sabia escolher as tais batatas.
Peguei umas cinco. Se eu tivesse errado, ao menos ficaria na média. Sobre o processo de seleção, peguei as que julguei como mais “apresentáveis”, tipo laranja de amostra, saca?

Pêssego era o próximo item.
Só que pintou uma dúvida: era pêssego normal ou era pêssego em calda?
Fiz as contas então: era uma quinta-feira, e pêssego em calda só se come de sobremesa no domingo, logo não era pêssego em calda. Optei pelo pêssego normal. Peguei uns cinco também (cinco era o número do dia) e parti pra próxima.

Farinha agora. Mas surgiu a mesma dúvida do pêssego: qual farinha? De milho ou de trigo?
Mais uma vez, apelei para o raciocínio lógico, e, logo percebi que polenta já tinha marcado presença no cardápio semanal. Então, era farinha de trigo. É elementar meu caro, elementar.

E por fim, os ovos.
Não tinha erro. Ovos são... ovos.
Escolhi a bandeja que tinha os mais brancos e graúdos – cheguei a ficar com pena da galinha que tinha expelido aqueles ovos – e era isso. Fim das compras.

O último passo era o caixa. Que, como a Lei de Murphy manda (sempre ela) estava deveras disputado.
Até que chegou minha vez, finalmente.
Eis que acaba o troco, ótimo. E então a moça do caixa sai para catar troco nos outros caixas. Depois de algumas negativas de colegas, ela consegue o bendito troco.
O valor do troco era de R$ 0,40 e isso eu recebi em sete moedas de R$ 0,05 e mais uma balinha de hortelã – que se desmanchou 10 segundos depois de eu colocá-la na boca.

Se não bastasse ter que equilibrar ovos com um braço, e as outras compras na outra mão, agora eu tinha aquele barulho infernal de moedas debatendo-se no meu bolso.
Odeio barulho de moedas no bolso. É tipo um chamariz “Hey, tenho grana, me assaltem”.
Cheguei em casa e larguei a bandeja de ovos, o troco, as compras e sai de fininho.
Se cometi alguma cagada grave nessas compras ae, pelo menos saindo rápido eu evitaria reclamações.
Se tivesse acertado, provavelmente ele mandaria comprar mais coisas.
Nenhuma das opções me apetece.
Foda.

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